sábado, 17 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
2ª Aula Prática (07/03/2012)- Faculdade Dom Bosco
CONCEITO DO JOGO DE OPOSIÇÃO
OBJETIVO DA AULA
Referência: Aula ministrada pela professora Keith Sato Urbinati, no 4º Período da Faculdade Dom Bosco.
Para ser considerado um Jogo de oposição, é necessário possuir duas características: ATAQUE e DEFESA.
OBJETIVO DA AULA
Esta aula tem por objetivo ensinar alguns tipos de exercícios que são considerados Jogos de Oposição. Nos mostrar a diferença entre o ataque e a defesa, e que ambos são necessários para que haja um Jogo de Oposição.
Essas atividades vão ajudar a obter uma boa agilidade na mudança de direção, ter um bom equilíbrio e ao mesmo tempo desequilibrar o companheiro.
ATIVIDADE 1 - "ARANHA"
Haverá um aluno que será o pegador. Ele deverá tentar pegar os outros alunos, porém, só poderá correr na forma de uma aranha ( com as mãos e os pés no chão, com o quadril alto). Cada aluno que for pego deverá também pegar, na mesma forma de aranha, até que ao final todos virem aranhas.
ATIVIDADE 2 - "SACI"
Esta atividade é igual à atividade anterior, porém, o pegador deverá assumir a forma de um saci (correr com uma perna só). A atividade irá terminar quando todos forem pegos e se tornarem "sacis".
ATIVIDADE 3 - "RABINHO"
Todos terão um colete onde deverão prendê-lo na calça (altura do quadril). Ao sinal do professor, cada um deverá tentar roubar o colete do outro e ao mesmo tempo proteger o seu para que não seja roubado.
OBJETIVO DAS ATIVIDADE 1, 2 e 3 : Ambas as atividades têm por objetivo trabalhar com a atenção, rapidez, agilidade e equilíbrio.
ATIVIDADE 4
Os alunos se dividirão em duplas. O chão deverá ter alguns quadrados desenhados, para que esses sirvam como uma demarcação para cada dupla. Cada um da dupla deverá ficar com um pé dentro dessa demarcação e com o outro pé para fora. Cada um deve segurar na cintura do outro, e o objetivo é empurrar seu adversário para fora do quadrado, fazendo com que o pé que está dentro do quadrado saia para fora.
ATIVIDADE 5 - "SUMO"
Esta atividade é igual à atividade anterior, mas agora, ao invés de segurar na cintura do colega, eles deverão se segurar pelas mão. O objetivo será puxar, empurrar, desequilibrar o adversário para fora do quadrado, fazendo com que o pé de dentro saia para fora.
Esta atividade é igual à atividade anterior, mas agora, ao invés de segurar na cintura do colega, eles deverão se segurar pelas mão. O objetivo será puxar, empurrar, desequilibrar o adversário para fora do quadrado, fazendo com que o pé de dentro saia para fora.
ATIVIDADE 6 - "BRIGA DE GALO"
Os alunos deverão se dividir em duplas. Deverão ficar de joelhos no chão e o objetivo é tentar derrubar o seu "adversário". Ganha quem conseguir colocar as costas do adversário no chão.
ATIVIDADE 7 - "BICICLETINHA"
Os alunos deverão se dividir em duplas. Cada dupla deverá ficar deitada no chão com os pés encostados um no outro. O objetivo é o aluno conseguir empurrar seu "adversário" para trás, usando a força das pernas.
OBJETIVO DAS ATIVIDADES 4, 5, 6 e 7 : Ambas as atividades tem por objetivo trabalhar com o equilíbrio nos jogos de oposição.
Referência: Aula ministrada pela professora Keith Sato Urbinati, no 4º Período da Faculdade Dom Bosco.
quarta-feira, 7 de março de 2012
MMA Training System - primeiro curso de preparação física de MMA

Spider, Cigano, Shogun. Conversando com colegas e alunos a respeito daquele golpe certeiro desferido pelo seu lutador favorito, não tem como negar o entusiasmo de todos por esse esporte que atrai cada dia mais fãs.
Inegável também são os benefícios das artes marciais para o corpo e a mente: força, velocidade, precisão, controle. Benefícios que os alunos gostariam de usufruir mas sem correr os riscos da atividade.
Foi pensando nisso que Carlos Barreto, desenvolveu, junto com o Core 360º, o MMA Training System, um sistema de preparação física voltado ao aluno comum, que não almeja se tornar atleta ou lutador de MMA, mas simplesmente incorporar a dinâmica e habilidades das artes marciais ao seu treino do dia-a-dia.
Faixa preta de jiu-jitsu e comentarista do Premiere Combate, Carlão, como é conhecido, se preocupava com a maneira como o MMA estava sendo praticado nas academias. Sem uma técnica didática, que preparasse gradativamente o corpo do aluno para as sequências de golpes e movimentos que iria praticar, os riscos de lesões eram muito grandes.
MMA Training System
Assim nasceu o MMA Training System. Mistura de artes marciais (muay thai, wrestling, judô e jiu jitsu), o Training System é uma associação entre o treinamento funcional e movimentos e golpes de luta.Mais do que uma arte de combate, é um esporte de alto rendimento, com uma estratégia de treino que inclui início, meio e fim. Existem diferentes níveis de treinamento, que vão aos poucos preparando o corpo do atleta para a prática do esporte.
No início, por exemplo, são usadas luvas de proteção, caneleiras e almofadas, de forma a garantir que o aluno não se machuque. Gradativamente são inseridas ao treino séries de golpes, que vão de socos e chutes a alavancas e projeções, em combinações progressivas.
Devido aos diferentes níveis de treinamento, o MMA Training System pode ser praticado tanto por quem não tem experiência em lutas, e que irá se beneficiar do condicionamento físico de alto rendimento, quanto por praticantes de outras artes marciais, que terão a oportunidade de se aprimorar tecnicamente.
Workshop de preparação física de MMA
No workshop que irá ministrar no 5º. Fórum Internacional de Treinamento Funcional, no próximo dia 17 de março, Carlão irá abordar as vantagens para o preparador físico ou personal trainer ao conhecer e dominar as técnicas do MMA Training System e incorporá-las ao treino de seus alunos; vai explicar os diferentes níveis de treinamento e os benefícios tanto para alunos iniciantes quanto para praticantes de outras artes marciais; o diferencial de mercado e as vantagens competitivas para o professor que domina essa técnica.Os participantes terão a oportunidade de aprender algo novo, que pode proporcionar uma mudança na sua carreira; uma ferramenta de trabalho com infinitas possibilidades de aplicação.
Mais informações e inscrições no site www.forumtreinamentofuncional.com.br
Por Cleide Tanabe, jornalismo Portal EF
Fonte: <http://www.educacaofisica.com.br/images/noticias/21267.jpg>
terça-feira, 6 de março de 2012
Karate sai das academias e invade as escolas

Você já deve ter ouvido o famoso provérbio que nos diz que uma boa formação pessoal deve unir “mente sã em corpo são”. Esse é o propósito do Karatê, uma arte marcial milenar que busca a perfeição do caráter através de árduo treinamento e rigorosa disciplina da mente e do corpo. Muita gente sabe que o Karatê também virou um esporte, mas o que poucos sabem é o inevitável elo entre essa arte e a filosofia da escola. Foi pensando nesses pontos em comum que surgiu no Campus Campina Grande o Projeto de Extensão “Ação educativa através do esporte: promovendo a formação moral, o bem estar e qualidade de vida através da prática do Shorin Ryu Karatê-do Shinshukan”.
O projeto teve seu primeiro passo nessa terça-feira (28) com uma aula inaugural. O Sensei Wagner Pereira trouxe ao Campus uma turma de alunos mais experientes para fazer algumas apresentações. Além das teorias que fundamentam o Karatê, a parte prática chamou a atenção dos novos alunos, estudantes do IFPB em Campina Grande.
A apresentação chamou a atenção do aluno Gabriel Delane, do 1ºA do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio. Ele só conhecia o Karatê pelos meios de comunicação e quer aprender logo a arte. “Eu tinha lido na internet sobre o Karatê e vi essa oportunidade de me inscrever aqui. Fui aprovado e estou ansioso para aprender e saber usar as armas do kobu-do”.
O projeto também atraiu o aluno Artur Demógenes, do 2º A do Curso Técnico de Manutenção e suporte em Informática Integrado ao Ensino Médio. Ele já praticava Karatê, mas em outro estilo. “Queria continuar no ramo do Karatê e vim ver como era este”. Agora ele pretende continuar indo às aulas no IFPB.
No total, foram 31 alunos do Campus Campina aprovados, o limite do número de vagas. Para o Sensei Wagner Pereira, a quantidade de inscritos não o surpreendeu. “O Karatê é o esporte mais praticado do mundo e o público de Campina Grande já é conhecido por ser interessado nessa arte”.
Geísio Lima, servidor do Campus e coordenador do projeto, é também instrutor da turma. Por isso, durante as aulas ele é chamado Senpai Geísio Lima. Para ele, “uma das contribuições do Karatê no aprendizado é a formação ética e moral. Além disso, ajuda o praticante a ter um corpo mais saudável. O Karatê também faz com que a pessoa se sinta mais segura, determinada e auto-suficiente”.
O projeto teve seu primeiro passo nessa terça-feira (28) com uma aula inaugural. O Sensei Wagner Pereira trouxe ao Campus uma turma de alunos mais experientes para fazer algumas apresentações. Além das teorias que fundamentam o Karatê, a parte prática chamou a atenção dos novos alunos, estudantes do IFPB em Campina Grande.
A apresentação chamou a atenção do aluno Gabriel Delane, do 1ºA do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio. Ele só conhecia o Karatê pelos meios de comunicação e quer aprender logo a arte. “Eu tinha lido na internet sobre o Karatê e vi essa oportunidade de me inscrever aqui. Fui aprovado e estou ansioso para aprender e saber usar as armas do kobu-do”.
O projeto também atraiu o aluno Artur Demógenes, do 2º A do Curso Técnico de Manutenção e suporte em Informática Integrado ao Ensino Médio. Ele já praticava Karatê, mas em outro estilo. “Queria continuar no ramo do Karatê e vim ver como era este”. Agora ele pretende continuar indo às aulas no IFPB.
No total, foram 31 alunos do Campus Campina aprovados, o limite do número de vagas. Para o Sensei Wagner Pereira, a quantidade de inscritos não o surpreendeu. “O Karatê é o esporte mais praticado do mundo e o público de Campina Grande já é conhecido por ser interessado nessa arte”.
Geísio Lima, servidor do Campus e coordenador do projeto, é também instrutor da turma. Por isso, durante as aulas ele é chamado Senpai Geísio Lima. Para ele, “uma das contribuições do Karatê no aprendizado é a formação ética e moral. Além disso, ajuda o praticante a ter um corpo mais saudável. O Karatê também faz com que a pessoa se sinta mais segura, determinada e auto-suficiente”.
domingo, 4 de março de 2012
1ª Aula Prática (29/02/2012) - Faculdade Dom Bosco
OBJETIVO DA AULA
Ensinar os tipos de classificações das Lutas
(principalmente Domínio e Percussão) através de exercícios diferentes,
envolvendo essas classificações.
ATIVIDADE 1
Todos os alunos devem correr em direções
diferentes dentro do espaço com o tatame. Enquanto os alunos correm, o
professor estipula uma região do corpo que deverá ser tocada. Quando o
professor der um sinal, cada aluno deverá tentar tocar o outro na região
estipulada, e ao mesmo tempo se defender para que não seja tocado.
OBJETIVO DO EXERCÍCIO
1: além do aquecimento, já se estará
trabalhando com a agilidade e a visão periférica dos alunos. Neste exercício
está sendo demonstrado um tipo de classificação de luta, que em relação à ação
motora é a PERCUSSÃO (o ato de tocar o outro) e em relação à distância é a
MÉDIA DISTÂNCIA (por ser um exercício de percussão).
ATIVIDADE 2
Os alunos, junto ao professor, se
posicionam num círculo. O primeiro aluno fará algum gesto, algum movimento de
algum tipo de luta (podendo ser um soco, um chute, etc...). Após o aluno fazer
esse gesto, todos os outros devem repetir. Agora é a vez do próximo aluno, ele
faz algum movimento, e depois todos copiam o movimento. Feito isso, deve-se
fazer o primeiro gesto e já em seguida o segundo. Agora o terceiro faz outro
movimento, todos copiam esse movimento, e em seguida fazem todos os gestos
novamente, desde o primeiro. Assim deve-se seguir até o final, onde todos os
alunos participaram com algum movimento.
ATIVIDADE 3
Os alunos devem se dividir em duplas e se espalhar
pela sala. O professor irá estipular um lugar do corpo à ser tocado. Depois
disso o professor dá um sinal para que as duplas comecem o exercício. Cada um
da dupla terá que tentar tocar na região do corpo do seu
"adversário", que foi estipulado anteriormente pelo professor. Com o
decorrer do tempo, mudam-se as duplas, e as regiões do corpo a serem tocadas.
ATIVIDADE 4
Neste exercício serão necessárias algumas
bolas, preferencialmente aquelas usadas em Pilates. Os alunos novamente se
dividirão em duplas, de preferência do mesmo sexo. Cada dupla deve sentar no
chão, um de costas para o outro, e entre eles deve-se colocar a bola. As pernas
devem ficar estendidas e as mãos atrás da cabeça. Ao sinal do professor, o
aluno deve tentar pegar sua bola, e ficar com ela até que o tempo acabe (o
professor determinará o final da "disputa"). Os alunos não podem
ficar de pé, no máximo ajoelhados. O que conseguir pegar a bola primeiro, deve
tentar ficar com ela até o final, tentando se defender de seu adversário,
enquanto isso, o outro deve tentar pegar a bola. Trocam-se as duplas algumas
vezes, e realizam o mesmo exercício.
OBJETIVO DO EXERCÍCIO 4: logicamente que o objetivo do exercício é dominar a bola até o
final da disputa. Mas também, é de mostrar para os alunos uma outra forma de
classificação das lutas, que é a de DOMÍNIO (onde eles usaram do agarre para
proteger a bola, e para tentar tirar a bola do adversário, sem o uso da
Percussão) e CURTA DISTÂNCIA (pelo fato da luta ser de Domínio).
ATIVIDADE 5
O exercício 5 será realizado da mesma
forma, porém, não será mais usado uma bola entre os alunos. Ao sinal do
professor, o aluno terá que tentar colocar as costas do seu adversário no chão.
Caso um aluno consiga colocar as costas do outro no chão, eles voltam para a
posição inicial e começam a disputa novamente.
OBJETIVO DO
EXERCÍCIO 5: o objetivo em relação à demostração de uma
classificação de luta é o mesmo do exercício anterior. A única diferença é que
nesse, ao invés de ter que dominar a bola, o objetivo final é de colocar as
costas do adversário no chão.
ATIVIDADE 6
O último exercício da aula foi envolvendo luta de Domínio, com uma
espécie de futebol. Os alunos deverão ser divididos em dois grupos. Cada grupo
deve formar uma coluna, e ficar de frente para o outro grupo, deixando um
espaço entre os grupos. Entre os dois grupos, deve-se montar uma espécie de
quadra de futebol, limitando apenas os gols (pode ser com tênis, mochila,
etc...), e a bola (mesma que foi usada no exercício 4) no centro (Fig. 1). O professor
deve numerar os alunos, de 1 em diante. Cada grupo terá um lado para que seja
realizado "o gol". O exercício deve ocorrer da seguinte forma: os
alunos devem ficar sentados, e quando o professor falar algum número, o aluno
de cada grupo que foi marcado por esse número, deverá pegar a bola e levá-la
para o seu gol (Fig. 2). Eles não podem ficar de pé. Para ir pegar a bola e levá-la para
o gol pode ser deitado, rolando, de joelho, do jeito que preferir, menos de pé.
O aluno que não pegou a bola, deve tentar impedir que seu adversário faça o
gol, pegar a bola e tentar realizar o gol. Acaba quando acontecer o gol. A bola
tem que ser levada até o gol, não pode ser jogada. O professor escolhe mais um
número, e assim por diante, até que todos os alunos tenham participado.
sábado, 3 de março de 2012
Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate nos cursos de Ensino Superior de Educação Física
As Lutas/Artes Marciais e os Campos de Atuação Profissional e Acadêmico-Científico em Educação Física
A busca por serviços relacionados às atividades motoras das Lutas tem ocorrido: (a) no ambiente escolar - como estratégia para atingir os fins da Educação Física Escolar; (b) no ambiente não escolar - nas academias, clubes e condomínios, essas atividades têm sido praticadas seja para aquisição do domínio técnico de determinadas lutas ou como meio para obtenção de condicionamento físico; (c) no esporte - há uma demanda por profissionais que atuem com as modalidades competitivas de lutas nos aspectos de preparação orgânica e funcional de atletas, organização e promoção de eventos e preparação técnica e tática.
A disciplina de lutas/artes marciais no currículo de Educação Física deve oportunizar contatos com as indiferentes implicações das lutas, além de abordar alguns temas transversais diretamente associados (violência, cultura). A incorporação do estudo da Luta no Ensino Superior em Educação Física tem-se como relevante sob dois aspectos: (1) da Licenciatura (formação dos professores), uma vez que a luta, como manifestação cultural e expressão corporal, é componente a ser desenvolvido na escola; (2) da Graduação (Bacharelado) em Educação Física e Esporte, onde se devem incorporar vários itens nessa formação, como:
As Lutas nos Cursos de Ensino Superior em Educação Física
A busca por serviços relacionados às atividades motoras das Lutas tem ocorrido: (a) no ambiente escolar - como estratégia para atingir os fins da Educação Física Escolar; (b) no ambiente não escolar - nas academias, clubes e condomínios, essas atividades têm sido praticadas seja para aquisição do domínio técnico de determinadas lutas ou como meio para obtenção de condicionamento físico; (c) no esporte - há uma demanda por profissionais que atuem com as modalidades competitivas de lutas nos aspectos de preparação orgânica e funcional de atletas, organização e promoção de eventos e preparação técnica e tática.
A disciplina de lutas/artes marciais no currículo de Educação Física deve oportunizar contatos com as indiferentes implicações das lutas, além de abordar alguns temas transversais diretamente associados (violência, cultura). A incorporação do estudo da Luta no Ensino Superior em Educação Física tem-se como relevante sob dois aspectos: (1) da Licenciatura (formação dos professores), uma vez que a luta, como manifestação cultural e expressão corporal, é componente a ser desenvolvido na escola; (2) da Graduação (Bacharelado) em Educação Física e Esporte, onde se devem incorporar vários itens nessa formação, como:
- Definições
- Classificações das lutas
- História da luta
- Cronologia e Desenvolvimento
- A inserção da luta na escola
- Lesões desportivas nas lutas
- Aspectos da perda de peso em lutadores
- Aspectos psicológicos
- Tópicos de preparação física
- Princípios de aprendizagem
- Bases biomecânicas
A preparação profissional passa por uma clara definição do perfil profissional a ser atingido, o qual está diretamente associado às necessidades sociais e às características do mercado de trabalho. Essa preparação depende basicamente: (1) dos conhecimentos disponíveis para serem transmitidos aos futuros profissionais e (2) da formação dos docentes dos Institutos de Ensino Superior, que têm a responsabilidade de difundi-los discentes (TANI, 1996), de maneira a prepará-los para o mercado de trabalho. Dessa forma é preciso identificar que a formação será direcionada para a Educação Física Escolar, Educação Física Não Escolar ou Esporte.
Quanto ao conhecimento sobre as lutas, embora muito ainda tenha que ser investigado, já existem muitos estudos sobre elas, inclusive com algumas revisões (COX, 1993, por exemplo). Uma busca por Teses e Dissertações produzidas em universidades brasileiras revelou um número pequeno sobre o perfil dos docentes de disciplinas voltadas para as lutas/artes marciais. Mesmo que todos aqueles que tenham tido esta disciplina como tema central em seus estudos de pós-graduação e que atuem nessa área, o número é insuficiente para atender ao número de cursos que oferecem essa matéria. Contudo, a maior parte dos docentes teve contato direto com as lutas na qualidade de praticante, onde essa caraterística ameniza o problema do domínio dos conhecimentos específicos. O maior problema dessa característica é que estes docentes podem dar o direcionamento dessa disciplina para um único estilo ou modalidade de luta (o qual tiveram maior contato).
As vivências práticas no ensino das disciplinas de lutas/artes marciais no curso de Educação Física
A principal crítica às disciplinas que pertencem ao bloco "Disciplinas de Orientação às Atividade" é a de que o conteúdo tem sido constituído essencialmente de atividades motoras próprias do esporte, e não de conhecimentos estruturados acerca dessas atividades. Nas disciplinas voltadas às lutas/artes marciais esse problema parece ser ainda mais grave, pois embora as lutas tenham inúmeras diferenças em seus estilos, muitas vezes é ofertado apenas um tipo de atividade. Portanto, somam-se aos problemas típicos a "especialização" em apenas um tipo de luta.
Na mesma disciplina, o graduando é levado a praticar/"aprender" um determinado tipo de habilidade do estilo escolhido. Tani (1996) tem rechaçado os argumentos dados para a manutenção desse tipo de "aula prática": (1) é possível aprender esses movimentos no período da disciplina; (2) saber executar é importante para poder ensinar. Com relação às lutas, a rejeição dessas ideias, principalmente da primeira, é ainda mais forte, pelos seguintes aspectos: (1) o domínio desse tipo de técnica leva de 5-10 anos com frequência prática de três a cinco vezes por semana, enquanto esse tipo de disciplina é abordado em no máximo 8 meses por duas aulas semanais (100 minutos/semana); (2) apenas uma parcela reduzida dos alunos de Educação Física irá atuar especificamente com o ensino exclusivo de habilidades das lutas. Portanto, seria mais importante que o graduando aprendesse a utilizar as lutas/artes marciais como estratégia para atingir o objetivo do programa de educação física, em vez de executar técnicas específicas de um único estilo.
Em decorrência disso, as vivências práticas nas disciplinas de lutas deveriam ser direcionadas para a prática de intervenção supervisionada. Nessa ação, parte dos graduandos tentaria ensinar um determinado movimento, parte executaria e parte analisaria, juntamente com o responsável da disciplina.
Tani (1996; p.12) acrescenta que "em princípio, é possível dizer que um profissional possuidor de conhecimentos teóricos devidamente integrados às habilidades pessoais terá maior facilidade para trabalhar. Entretanto, essa relação conhecimento-habilidade pode variar de acordo com o segmento profissional em que se vai atuar". Exemplificando esses aspectos, pode-se dizer que ao utilizar as habilidades típicas das lutas como estratégia de uma aula de Educação Física escolar, o grau de domínio de execução técnica do professor poderá ser muito menor do que ao de um profissional de Educação Física que ensina caratê em um clube.
Conclusão
Tendo em vista a importância das lutas no contexto cultural e motor e, em decorrência disso, a necessidade de formação profissional para uma melhor intervenção nesse segmento, a disciplina sobre essa temática no curso de preparação profissional em Educação Física e Esporte deve possibilitar aos alunos os seguintes conteúdos mínimos: (1) origem e desenvolvimento; (2) classificações e caracterizações; (3) progressões pedagógicas em âmbito escolar; (4) relações entre o sistema CREF/CONFEF e profissionais não formados; (5) especificidades das lesões desportivas e profilaxias, assim como ao (6) treinamento desportivo aplicado.
É da opinião de autores que: (1) não se pode assumir a prática isolada de poucas modalidades na esfera universitária; (2) a abordagem nas aulas denominadas "práticas" dos cursos de Educação Física deve ser a de "prática da intervenção supervisionada".
Referência: DEL VECCHIO, Fabrício Boscolo; FRANCHINI, Emerson. Formação Profissional em Educação Física: Estudos e Pesquisas. Lutas,
Artes Marciais e Esportes de Combate: Possibilidades, Experiências e Abordagens
no Currículo da Educação Física. Biblioética Editora: Rio Claro, 2006.
CLASSIFICAÇÃO, PRINCÍPIOS CONDICIONAIS E GRUPOS SITUACIONAIS DAS LUTAS
A Luta constitui-se como uma das mais antigas manifestações da cultura humana, podendo estar vinculada à preparação para a guerra; auto-defesa; exercício físico; jogo ou como ação ritualística (ESPARTERO, 1999). Os relatos das artes marciais orientais são tão antigos que remontam aos tempos lendários e pouco se sabe sobre a veracidade de alguns deles (CARR,1993). Já no ocidente, foram os gregos que oficializaram os combates entre indivíduos como uma espécie de diversão pública, tornando-se modalidades nos Jogos Olímpicos da Antiguidade. No entanto, Geringher (2001) assinala que os romanos barbarizaram essa prática com a realização das disputas entre gladiadores, onde esses tinham que lutar não só pela glória, mas sim pela vida.
Por abrangerem uma gama infinita de movimentos, técnicas e características, tenta-se classificar as Lutas em função de uma série de critérios. Esses critérios unem as Lutas pelo que têm em comum, assim como as separam por suas diferenças.
Para Espartero (1999), as Lutas podem ser categorizadas em "Esportes de Luta com agarre", "Esportes de Luta com golpes" e "Esportes de Luta com implemento". Na primeira categoria, o agarre seria uma ação básica que representa os objetivos comuns entre as modalidades, tais como derrubada, as projeções e o controle no solo. A segunda categoria é subdividida de acordo com o tipo de golpe: apenas com os punhos, apenas com as pernas, ou as mãos e pernas conjuntamente. Já a terceira categoria tem como objetivo tocar o adversário com um implemento.
A classificação de Ramirez, Dopico e Iglesias (2000) assemelha-se à de Espartero (1999). Primeiro o grupo "Com Agarre", onde estão as modalidades nas quais existe o agarre. O segundo grupo "Sem Agarre", onde as ações motoras básicas desse grupo são golpear e impactar por meio de chutes e socos. Já o terceiro grupo tem o mesmo nome do segundo, diferenciando-se dele pela utilização de um implemento para tocar.
Já Nakamoto et. al. 2004, se baseia nos autores do JDC (Jogos Desportivos Coletivos): Bayer (1994), Garganta (1995), Graça (1995), Tavares (1995). Eles definem quatro tipos de luta em função da relação dos lutadores com o "alvo" e com a "meta". O alvo é definido como o objetivo a ser atingido e/ou defendido (indivíduos), enquanto a meta é o objetivo que se busca ao atingir o alvo. "Identificaram-se duas formas de relação com o alvo - tocando e segurando - e duas formas de relação com a meta - direta e indireta" (NAKAMOTO et. al. 2004). Quando a meta é direta, a finalidade da luta pode ser segurar ou tocar o "alvo" para pontuar ou terminar o combate. Se a meta é indireta, significa que as ações de tocar e segurar são um meio para finalizar o combate, seja através de uma projeção, de uma exclusão, ou de um knock out (quando o adversário é golpeado até cair no chão).
PRINCÍPIOS CONDICIONAIS
O modelo dos Princípios Condicionais foi proposto por Bayer (1994) para os JDC. Tinha como objetivo buscar a existência de denominadores comuns para as Lutas. Esses denominadores comuns são: Contato Proposital; Fusão Ataque/Defesa; Imprevisibilidade; Oponente(s)/Alvo(s); Regras.
Independente da modalidade ou especificidade da luta, esses aspectos são condições indispensáveis para que uma atividade seja caracterizada como Luta, pois são capazes de delinear o conhecimento e diferenciá-lo dos demais.
Contato Proposital: pode ocorrer de várias maneiras e deve acontecer para que haja a luta e para que ela se desenvolva. Esse princípio condicional exige que os oponentes se toque de alguma forma para conquistarem o objetivo da luta e obter êxito sobre os adversários.
Fusão Ataque/Defesa: o que difere as Lutas dos jogos Coletivos e de oposição, nesse aspecto, é a possibilidade de tais ações serem simultâneas e até certo ponto fundidas, na medida em que é raro observá-las isoladamente, tanto na interação entre os indivíduos ou nas ações de um dos lutadores.
Imprevisibilidade: não existem estratégias sequenciais completamente previsíveis numa luta, pois as ações de um lutador podem ou não ser respostas às ações do adversário, já que as estratégias de ação, anteriores à realização da técnica, também podem ser simultâneas. Essa imprevisibilidade faz com que o PENSAR A LUTA seja tão importante quanto o REALIZAR A AÇÃO DA LUTA.
Oponente/Alvo: isso implica dizer que o alvo, além de ser móvel, também pode executar ações de ataque e defesa. É essa condição que justifica o contato como uma exigência e que fundamenta a imprevisibilidade de um combate.
Regras: presentes em qualquer manifestação de Luta. As lutas dependem das regras para sua legitimidade e elas devem ser respeitadas para que aconteça o combate. O que é permitido ou proibido tende a determinar as técnicas e táticas usadas pelos lutadores. É esse princípio condicional que define se, para atingir o alvo, devem-se usar as mãos ou pernas; se o contato deve ser direto; se haverá o uso de implemento etc.
Assim, a partir dos Princípios Condicionais, podemos criar e legitimar inúmeras práticas como parte do conhecimento Luta, o que torna este universo ainda mais amplo e possível de ser ensinado.
GRUPOS SITUACIONAIS (DISTÂNCIA)
A Distância pode ser entendida de duas formas. A primeira refere-se a uma única modalidade, na qual podem existir estratégias que variam de acordo com o espaço entre os oponentes (curto, médio ou longo). Desta maneira, usa-se a distância como um meio para diversificar o treinamento. A distância é um componente estratégico que está divida em três categorias - curta, média e longa -, que depende da imprevisibilidade da luta e do jogo do adversário. Na mesma modalidade, é possível pensar a distância de três maneiras, como se cada técnica exigisse um espaço distinto para ser executada.
A outra forma de se entender a distância é pensar num requisito para que aconteça um combate. O contato é um princípio condicional e vai depender da distância entre os adversários para ser definido. Uma modalidade de Curta Distância possui um espaço praticamente nulo entre os oponentes e é necessário que os praticantes se coloquem em contato direto (contato como um meio para o fim).
Uma modalidade de Média Distância seria um espaço moderado que permite a aproximação em situações de ataque entre os oponentes. Os golpes caracterizam o contato e não dependem dele para acontecer como na curta distância (o contato é um fim e não o meio) Já na Longa Distância, definida pela presença de um implemento, dever haver uma distância maior entre os oponentes para que os mesmos possam manipular de forma adequada esse implemento, fazendo com que o contato entre eles seja através desse implemento (o contato também é um fim).
CLASSIFICAÇÃO FINAL - LUTA X FORMAS
Lutas: prática corporal imprevisível, caracterizada por determinado estado de contato, que possibilita a duas ou mais pessoas se enfrentarem numa constante troca de ações ofensivas e/ou defensivas, regidas por regras, com o objetivo mútuo sobre um alvo móvel personificado no oponente.
Acredita-se que essa definição contempla os princípios condicionais das Lutas, bem como a dinâmica interna de qualquer manifestação do fenômeno. Entretanto, existe um ramo das Lutas, com nomenclaturas distintas, que seguramente é uma expressão do conhecimento Luta: as Formas (katas, katis).
São elementos presentes nas manifestações de Lutas, porém, não entram nessas classificações e definições apresentadas pois acredita-se que não possuem os mesmos objetivos e lógicas inerentes às Lutas, já que podem ser ensaiados como uma coreografia. As Formas também se caracterizam como uma maneira de manifestação esportiva, através de competições de alto rendimento ou de ensaios esportivos no processo de ensino aprendizagem para aperfeiçoamento de lutas entre oponentes.
Nestes casos de Formas, onde não há a necessidade de interferência direta do oponente, são compreendidas como um estado de oposição simulada, pois não compartilham da imprevisibilidade presente nas outras manifestações de combate. Utilizam-se de técnicas tradicionais das modalidades, da sua maneira de execução, dos princípios de ataque e defesa, porém, não dependem exclusivamente de um adversário para serem desenvolvidas. Algumas modalidades não possuem Formas como um conteúdo tradicional, mas dispõem de movimentos específicos, treinados isoladamente, que serão empregados num combate.
Formas: combinação de elementos e técnicas tradicionais que expressam a essência dos movimentos das Lutas, arranjados numa sequência pré-estabelecida, podendo ser executada na presença de adversários reais ou imaginários.
CONCLUSÃO
Os princípios condicionais regem as Lutas e as caracterizam. Buscar descobri-los, analisar e refletir sobre eles possibilitou criar uma definição para as Lutas e também para as Formas, uma de suas manifestações.
A análise das classificações de "esporte de luta" existentes, possibilitou classificar as Lutas em função da distância entre os oponentes, apontando ações comuns nos grupos situacionais, de acordo com as proximidades entre as situações tático/técnicas, determinadas pela lógica de cada modalidade de luta com suas especificidades regulamentares.
Referência: GOMES, Mariana Simões Pimentel. Procedimentos
Pedagógicos para o Ensino das Lutas: Contextos e Possibilidades. Ensino
das Lutas: dos princípios condicionais aos grupos situacionais. Porto
Alegre, abril/junho de 2010.
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